Numa altura em que os fogos de Verão ganham força, os operadores dos 19 Centros de Operações de Socorro, que garantem a coordenação das acções de protecção civil, conhecem o seu futuro.
Ao final do dia todos os 278 operadores reúnem com as respectivas chefias numa reunião que não se prevê pacifica.
É que a solução encontrada para por fim a mais de 20 anos de "barriga de aluguer", como lhe chamou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), faz tábua rasa dos direitos adquiridos dos operadores e pretende colocá-los no inicio de uma carreira no seio do Centro de Recursos da Protecção Civil.
A situação arrasta-se há mais de 20 anos, quando foram criados os primeiros centros.
Canarinhos (FEB), operadores dos Centros Distritais de Operação de Socorro (CDOS) e tripulações de resgate embarcadas nos helicópteros têm vindo a receber os seus salários através de verbas transferidas directamente pelo Estado para as associações de bombeiros, que têm cedido, ao longo dos anos, o pessoal afecto a estas estruturas.
Estes elementos continuam debaixo da alçada operacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), mas o vínculo disciplinar pertence às associações de bombeiros, com quem a protecção civil tem vindo ao longo dos anos a estabelecer protocolos de cooperação.
Em Junho do ano passado o presidente da ANPC determinou que a Escola Nacional de Bombeiros seria reestruturada com vista a incluir o Centro de Recursos de Protecção Civil, que integrará estes operacionais.
Desde há muito que a LBP tem recebido queixas das associações de bombeiros pelo facto de as relações contratuais continuarem a depender das associações de bombeiros.
Em todo o País existem 278 operadores, 12 recuperadores e 300 Canarinhos .
A solução adoptada passa por receber os operadores no novo centro de recursos mas numa situação em inicio de carreira.
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