Gripe A: vacinação vai arrancar para os bombeiros

A todo o momento terá início a vacinação dos bombeiros portugueses, numa altura em que a campanha contra a nova gripe entrou já na segunda fase.

Depois do levantamento feito junto dos corpos de bombeiros e por indicação da Direcção-Geral de Saúde, os bombeiros que serão abrangidos nesta fase (15 por cento dos elementos de cada corpo ou associação) receberão a carta que dá acesso à vacina, sendo que esta será ministrada no centro de saúde pertencente à área de residência.

Nesta fase, e por indicações do Ministério da Saúde, serão vacinados os bombeiros referenciados pelos respectivos comandos como elementos de “primeira linha” nos serviços de socorro ou transporte.

Prioridades do INEM não estão a ser bem aceites

Apesar de a vacinação só agora arrancar para a maioria dos bombeiros portugueses, o INEM começou a disponibilizar as 1800 vacinas a que teve direito para imunizar o mesmo número de bombeiros que asseguram os seus postos de emergência (PEM).

No entanto, o processo não está a ser bem aceite, já que as orientações dadas pelo INEM aos corpos de bombeiros referem que apenas serão abrangidos nesta fase os tripulantes de ambulância de socorro (TAS). Desta forma, ficam de fora os restantes elementos que habitualmente também prestam serviço nas ambulâncias PEM atribuídas às associações e corpos de bombeiros.

Assim, denuncia a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), o INEM está a contrariar a Lei relativamente ao transporte de doentes em ambulância, nomeadamente quando se define que a tripulação de uma ambulância de socorro é constituída por dois elementos, um dos quais deve ser TAS e o outro, pelo menos, TAT (tripulante de ambulância de transporte). Acrescenta a LBP que esta posição poderá “pôr em causa” a missão pedida aos bombeiros pelo INEM, que passa pelo transporte de doentes com suspeita de Gripe A.

Segundo dados relativos ao início de Novembro, o número de transportes de casos suspeitos já ronda o milhar