terça-feira, 11 de agosto de 2009

TAE do INEM ameçam tutela com GREVE


Os técnicos de ambulância de emergência apresentarão um pré-aviso de greve em Setembro,
caso o Governo não avance com a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar.


Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Ricardo Rocha, afirmou que os técnicos poderão ainda deixar de transportar os doentes com gripe A. Ricardo Rocha disse esperar uma resposta do Ministério da Saúde ainda esta semana. O presidente do Sindicato dos técnicos de Emergência Pré-hospitalar considerou haver «falta de vontade política» para resolver o assunto. «Neste momento há 700 técnicos que estão ilegais a fazer socorro. Teoricamente, os técnicos não existem, nem como profissionais, nem como carreira», afirmou Ricardo Rocha. «Não estamos a pedir para ganhar mais, o que pedimos é para ter mais formação e competências para ajudar mais as pessoas», disse.


Caso os técnicos continuem sem uma resposta do Governo, o sindicato admite avançar para uma greve de zelo, ainda sem data marcada, e para um boicote ao transporte de doentes com gripe A, uma vez que este serviço demora, em média, duas horas e meia, implicando cuidados extra das equipas e a desinfecção das viaturas. «Se existem cinco ambulâncias e se duas ou três estão nesse transporte, quem vai salvaguardar o resto da população, em acidentes de viação, enfartes agudos e paragens cardio-respiratórias?», questionou Ricardo Rocha. Fonte do Ministério da Saúde, afirmou, à agência Lusa, que o «trabalho com o sindicato está a decorrer».


A mesma fonte referiu ainda que a criação da carreira de técnico de emergência pré-hospitalar é «um assunto com grande complexidade técnica e jurídica que exige auscultação de várias organizações de natureza profissional».

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