O Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR (GIPS) está a desenvolver há cerca de um ano, em colaboração com a Mitsubishi e a empresa Tecopal, um protótipo de viatura de combate a incêndios capaz de actuar em primeira intervenção, numa fase em que o incêndio já tenha ganho maior tamanho.
Fonte da GNR contactada pelo “BP” confirmou tudo, negando, no entanto, que estas viaturas, num total de 10 programadas, tenham por objectivo o ataque ampliado.
Ao que apurámos, a viatura em causa está a ser construída com objectivos bem definidos: capacidade para 1500 litros de água e transporte de duas equipas, ao contrário das actuais, que contam apenas com uma linha de água e só têm capacidade para levar um equipa de quatro elementos.
Segundo a mesma fonte, este protótipo, que estará pronto até ao final do mês de Maio, resulta da “avaliação das necessidades” sentidas pelos elementos do GIPS, que já levam quatro anos de existência. Segundo a fonte que falou ao “BP”, o GIPS entende como necessária à sua missão a existência de uma viatura de primeira intervenção com “mais e melhores capacidades de resposta operacional”, um desejo que tem vindo a ganhar força através da “experiência obtida no terreno”.
Refere a fonte da Guarda que, em muitas situações, os elementos do GIPS se confrontam com pouca capacidade de intervenção, já que as ”pick-up” L200 de que dispõem nem sempre “são o suficiente” para a missão que lhe está atribuída.
O “BP” sabe que, inicialmente, a GNR se preparava para apresentar esta nova viatura de combate no decorrer das cerimónias que marcaram, no início do mês, o Dia da GNR, mas tal não chegou a acontecer, já que o protótipo não “ficou pronto” em tempo útil.
GNR ainda não sabe quem vai pagar as viaturas de combate
Sobre a fonte de financiamento desta novas 10 viaturas, o “BP” apurou junto de fonte da GNR que uma das hipóteses passa pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Apesar de a ANPC ter garantido ao nosso jornal que “não deu entrada, até ao momento, qualquer pedido de parecer relativo a uma candidatura para aquisição de 10 VLCI”, o “BP” sabe que é esta solução que ganha cada vez mais força.
Questionada sobre esta situação, e apesar de desmentir qualquer candidatura por parte da GNR ao QREN, a ANPC referiu em nota explicativa enviada à nossa redacção que os “pareceres emitidos ou a emitir pela ANPC sobre projectos do GIPS têm como base a missão desta força estabelecida no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 22/2006 de 2 de Fevereiro”. Acrescenta a ANPC que, neste mesmo artigo 4.º, e entre outras referências ao GIPS, se refere que esta estrutura “tem como missão específica a execução de acções de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o território nacional, em situação de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes graves”.
Ora a questão que se coloca neste caso é que as viaturas que o GIPS pretende, apesar de servirem a primeira intervenção, como todas, aliás, podem ser incluídas também na categoria de ataque ampliado (1500 litros), uma missão que, com base na lei não está atribuída ao GIPS da GNR.
Na nota enviada, pode ler-se ainda: “Acresce que a GNR faz parte das entidades beneficiárias do “PO TEMÁTICO VALORIZAÇÃO DO TERRITÓRIO – Eixo III”, Regulamento Específico – Prevenção e Gestão de Riscos”, tal como vem referido no artigo 5.º, o qual coloca a Guarda Nacional Republicana na lista dos beneficiários. “Para efeitos do número anterior”, acrescenta ainda o documento, “deverá ser designado um líder da operação, de entre as entidades referidas no número 1 do presente artigo, que assumirá perante o POTVT o estatuto de beneficiário, independentemente das relações que o mesmo estabelecer com os outros parceiros”.
Sobre quem pagará estas viaturas, segundo a fonte da GNR que falou ao “BP”, só existem duas hipóteses: a comparticipação pelo QREN, via ANPC, ou através do Fundo Florestal Permanente, sob gestão do Ministério da Agricultura.
FANTÁSTICO!!!
Andamos a brincar ou quê?
Então a GNR lembra-se de mandar encarroçar carros de combate a incêndios e depois alguém que pague???
Mas em que País é que nós estamos?
Os CB's deviam fazer a mesma coisa, precisam de carros? Mandam fazer e depois o "Estado Português" atravês de qualquer entidade que pague...
Is to é anedótico, não há quem mande, ou o que é que se passa aqui?
Ou eu sou muito burro ou então não percebo nada disto...
QUE M...A de PAÍS...
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